24.1.10

"Além"-Gênero


Transgênero

Vivemos numa época de mudanças de valores e conceitos, e é nesta época que eles desejam ser ouvidos, e nos mostram que realmente existem, sofrem, riem, ficam tristes, sentem, choram, divertem-se e, sobretudo, querem viver.
Existem muitos mitos em relação à transsexualidade e a ciência fornece bases, não só no tratamento hormonal, mas também na possibilidade de despatologização dessa condição.
Quem são estas pessoas?
São indivíduos que desafiam as regras da sociedade e vivem a sua sexualidade psicológica, a sexualidade que apresentam ser, oposta ao seu estado biológico.
Sentem dificuldade em explicar quem são, e muito mais complicado na sua essência, e dizer o que precisam para serem felizes, por mais simples que sejam.
Procuram incessantemente a sua identidade dentro de um grupo, ou mesmo em termos de sociedade. Em contrapartida, sentem que têm de se enquadrar nalgum padrão, para poderem compreender quem realmente são e abrirem novos horizontes e metas de vida.
Quase todos os adultos transgêneros relatam a sensação de estar no corpo errado, desde a infância. Quando crianças vestem-se secretamente com roupas do sexo oposto. No entanto, a idade em que um indivíduo transgênero reconhece plenamente a sua identidade de género, varia de meados da infância até à meia idade. Geralmente esse reconhecimento atrasado é atribuído ao medo da estigmatização e rejeição pela família, amigos e no emprego.
Existem controvérsias se o transgenerismo é determinado geneticamente, se é resultado da educação ou do meio ambiente em que a pessoa é criada.
Muitas teorias sugerem que a causa tem as suas raízes na biologia. Muitos, acreditam que as origens da transsexualidade são predominantemente psicológicas.
A resposta está no cérebro:



O hipotálamo supervisiona o tónus sexual, envia sinais ao sistema límbico (cérebro emocional), que vai coordenar o lado sexual e sentimental.
Os cientistas têm feito um longo caminho para descobrir a origem da homossexualidade.
As hormonas, testosterona, dos transgêneros são menos eficazes do que as dos heterossexuais.
Tudo indica que haja uma forte componente genética na homossexualidade. O facto desta ser genética, não quer dizer que seja uma doença.

A real essência da vida, é a chave para resolver dilemas.

Lumenamena

14.1.10

Auto-Conhecimento

Psicanálise e Seus Limites

Mora o fundo da alma de cada um de nós e o coração de todos nós, vivências impossíveis de serem resgatadas, lutas eternas entre o ser primitivo que somos e o ser em sociedade que aspiramos nos transformar. Mesmo a psicanálise não consegue atingir locais tão sombrios e profundos, somente podemos ter acesso a eles através de histórias, mitos que por terem sidos contados e recontados carregam um pouco de cada um, sem ser alguém em particular.
Hoje em dia, não basta querer que essas técnicas sejam usadas. É preciso adaptá-las, adequá-las aos dias modernos. Essa deve ser uma das principais funções dos psicólogos e psicanalistas estruturar uma nova forma de pensar, serem objectivos.
Uma sociedade é feita de pessoas. Mas, a sua essência, a sua cultura, depende directamente da forma como todo o processo é efectuado. É exactamente neste ponto que a psicanálise pode contribuir.
Se por um lado Freud disse que: “A Psicanálise é um método para tratamento de distúrbios neuróticos”, estava a dizer, na mesma definição que: “A Psicanálise é um procedimento para investigação de processos mentais”. Então, o seu uso vai depender da forma com que esses processos são analisados.
Freud dizia que a capacidade para pensar é uma actividade bastante complexa, que só pode se desenvolver no ser humano quando ele é capaz de se confrontar com obstáculos e dificuldades para, a partir daí, encontrar novas soluções e alternativas.
O sofrimento faz parte da vida. Nesse sentido, o que a psicanálise nos mostra é que só através das vivências se pode formar um aparelho mental mais fortalecido.
Cada qual pode encontrar diversos motivos para explicar porque procurou fazer uma análise mas, de um modo geral, quem procura um analista, possui algum sofrimento do qual não consegue se livrar. Outros procuram a análise porque desejam se conhecer melhor.
Sem perceber podemos estar a ser tolhidos em vários sectores da nossa vida adulta em virtude do aspecto emocional, na infância. No entanto, quando alguém procura ajuda, deve estar consciente do que está a fazer e levar o tratamento a sério para que haja resultados satisfatórios. A terapia muitas vezes é um processo lento e doloroso, é necessário um mergulho profundo no inconsciente.
O terapeuta é gente também. Sofre, chora, ama e sente e, às vezes, precisa falar. Possui o olhar atento, o ouvido aberto, escuta a tristeza dos outros, quando por vezes, a tristeza maior está dentro do seu peito.
Lumenamena

13.1.10

SELO COMPARTILHAR


Recebi do amigo Rener Brito, do Blog http://renerbrito.blogspot.com/, do qual estou muito grata pela lembrança.
Ofereço aos seguintes blogs:
Esse selo vem com algumas regras:
1 - Copiar o selo para o seu blog.
2 - Deixar um comentário no Blog do amigo que te indicou.
3 - Linkar o blog amigo que te indicou.
4 - Indicar para 05 Blogs que você acha que compartilhar tudo com todos.
5 - Deixar uma mensagem explicando o que é compartilhar.

Compartilhar, é um dom que define o ser humano em semear alegria, esperança, amor, paz e tudo junto prevalecer o crescimento da amizade.

7.1.10

A Ética


Sermos Uns Com os Outros

A relação com os outros, o estarmos no mundo com os outros, o sermos uns com os outros, tem alguma exigência moral ou ética?
A esta pergunta depende do modo como se perspectiva a outra pessoa e a relação com a outra pessoa.
É nas experiências do acolhimento e da carícia de uma mãe ou de um pai para com os seus filhos. É nas experiências do reconhecimento, sincero e feliz, do adulto para com a adolescência ou o jovem que se estão a tornar mulher e homem adultos, e exigir respeito. É nas experiências do amor que mutuamente uma mulher e um homem se dão, gratuitamente, sem promessa de recompensa ou favores. É nas experiências da amizade e do enamoramento que dois jovens compartilham desinteressadamente.
É nestas e em tantas outras experiências, genuinamente humanas, que encontramos a dimensão mais profunda da relação, uns com os outros.
Por detrás destes gestos está o reconhecimento, mesmo não sendo reflectivo, de que a outra pessoa tem valor, de que a outra pessoa tem uma dignidade própria, de que relativamente à outra pessoa, os homens e as mulheres são capazes afinal de assumir espontaneamente obrigações morais e de arcar com responsabilidade ética pelo bem e pela felicidade dos outros.
É a esta luz que precisamos de revêr as nossas concepções filosóficas social e política, e sobretudo, em matéria de cooperação e ajuda num tempo em que a concorrência está a deixar cada vez mais pobres os já muito pobres e a tornar cada vez mais ricos os já muito ricos, ou ainda, em que os países subdesenvolvidos estão a tornar-se cada vez mais endividados e dependentes.
Como é vista a ética actual a estes desafios? Que respostas está a dar a ética a estes problemas?
Somos, com certeza, individualmente responsáveis por muitas coisas, pelas funções e lugares que ocupamos, mas somos, em primeiro lugar, responsáveis por nós mesmos.
Os problemas ecológicos, bélicos e alimentares, para citar apenas três dos maiores problemas que a humanidade hoje se confronta, são desafios que temos todos capacidade de resposta moral.
Não podemos tranquilamente passar ao lado destes desafios, e deixar a solução nas mãos dos experts da política e da economia.
Lumenamena

2.1.10

Amar e Ser Amado


A Necessidade de Amar

Amamos por pura necessidade fisiológica e quando acontece um romance corresponde a uma componente irracional. Acontece simplesmente sem que possamos fazer nada. Quando nos apaixonamos, vivemos sob o efeito de drogas criadas pelo cérebro.
Não somos responsáveis pela nossa felicidade, e nem nós pela de ninguém, mas somos todos co-responsáveis por participar na construção da felicidade uns dos outros.
Certamente a escolha do nosso parceiro também se baseia nos componentes culturais e psicológicos, mas existe uma série de factores químicos envolvidos que muitas vezes passam despercebidos. A química envolvida é complexa, mas os componentes-chave nesse processo já foram esclarecidos pela ciência.

A molécula responsável chama-se dopamina, um neurotransmissor que actua como estimulante natural, muito potente e que é produzido em abundância no cérebro de pessoas apaixonadas. Com a paixão, também se produz a activação de outros neurotransmissores, como a noradrenalina, que aumenta a nossa atenção relativamente às coisas novas e faz com que nos concentremos na pessoa.
O nosso organismo recebe uma injecção potente de neurotransmissores e hormonas que fazem com que vivamos numa autêntica exaltação emocional. Essa exaltação química não é eterna, ou seja, implica a soma de vários curtos prazos, daí se dizer que a paixão dura entre 18 meses e três anos, mas o amor pode prolongar-se por toda a vida. O nosso cérebro recolhe informação sobre a outra pessoa para analisar e avaliar, e se considerar que se trata da pessoa apropriada, nasce o amor.


O efeito da necessidade de amar leva a que entendamos e consigamos o equilíbrio na vida. Basta não diminuir o nosso próprio valor comparando-nos com outras pessoas, porque somos todos diferentes, e cada um de nós é um ser especial.
O impulso do amor está profundamente enraizado no cérebro humano, por conseguinte, o amor é uma necessidade fisiológica, um instinto animal e, também, o resultado de um fluxo químico no cérebro.
Existe outro componente que é a emoção, na verdade é o diferencial da espécie humana em relação aos outros animais e por mais que tentamos, não conseguimos de forma alguma deixá-la de lado. Se isso acontecesse, deixaríamos a nossa condição humana e passaríamos a agir apenas por instinto.
Em contrapartida, a razão é mais responsável, a meu ver, pelas formas de amar, visto que, uma pessoa com firmes convicções, sejam elas de cariz religioso, cultural ou qualquer outro, não deixará a emoção sobrepôr-se à razão.
Talvez o ideal fosse um equilíbrio entre o racional e o emocional, com pequenas oscilações para cada um dos lados.

Lumenamena